“Planejar o futuro não é viver no futuro”.

Há uma diferença entre nós planejarmos o nosso futuro e nós “vivermos” no futuro, antecipando cenários irreais ou catastróficos sem base na realidade. A ansiedade é uma das vilãs nesse comportamento que analiso nesse artigo.

Casais em Quarentena

Rodou o mundo as notícias de que em algumas cidades que passaram por quarentena severa, houve um aumento do número de divórcios dias após o término do período de contenção de movimentação social. Há, inclusive, toda a sorte de piadas e memes referenciando o casamento com o período de confinamento forçado. O prognóstico? Casais não estavam tão acostumados a passar tanto tempo juntos em espaço confinado, e as brigas aumentaram muito. Casais novos tenderiam a brigar por causas pequenas, e não estavam ainda acostumados a lidar com o outro, por exemplo. Há relatos inclusive do aumento de violência doméstica, matéria para um segundo artigo. Quais seriam as causas?

As cinco liberdades de Virgina Satir

É no poder da congruência que se baseia o crescimento mútuo numa relação, quando apesar das dores e vivências passadas – ou por conta delas, de fato – passamos a unir forças para que seja possível um crescer compartilhado, quando eu dou espaço para que minha vida seja contemplada em sua plenitude, e reconheço esta mesma possibilidade de abertura no meu parceiro. É necessário um grau de liberdade e autonomia para isto, que deve ser aprendido e retomado. Virginia Satir, em seu livro Contato com o tato, afirma que o verdadeiro poder está na congruência e no que ela chama de 5 liberdades, que eu aqui resumo em cinco palavras-conceito: Aceitação, Sentimento, Expressão, Vontade e Movimento. Essas palavras definem campos onde estas 5 liberdades são possíveis, mas que devem ser conquistadas. E não digo conquista no sentido de batalha, de conflito – embora nem sempre seja fácil – mas no sentido de clamarmos por um direito que nos foi suprimido, de nos movermos em direção a algo que já é nosso. E esta supressão pode ser fruto de nossa história, de nossos traumas e da forma como nos desenvolvemos. Mas são liberdades necessárias para se entrar num espaço de crescimento e conexão.

Crescer num relacionamento

comum que as pessoas entrem num relacionamento afetivo em busca de algo que as complete. Dentro dessa perspectiva infantil, buscam alguém que possa nutrir suas faltas e suas necessidades. Buscam, em última instância, um pai, ou uma mãe.

Assim, ao invés de estar num relacionamento para crescer de forma adulta e saudável, buscam um relacionamento para manter o seu status atual. Preferem continuar pequenos, esperando que alguém providencie o que lhe falta ou lhe faltou antes. Isso pode ser um afeto, um cuidado, um olhar. É um movimento de olhar o outro como um provedor. Ele que vai me dar um casamento, ela que vai me dar amor, e por aí vai.

O equilíbrio entre dar e receber num relacionamento

Todo relacionamento é baseado num equilíbrio entre as partes, e parte desse equilíbrio é gerado pela dinâmica do “dar e receber”, conceito disseminado por Bert Hellinger em seu trabalho com Constelações Familiares.
Esta dinâmica, aparentemente simples, esconde um equilíbrio delicado. Eu devo oferecer ao outro o que eu posso dar, e o outro, na mesma medida, deve tomar o que consegue de mim, e me oferecer algo em troca que também esteja dentro das suas possibilidades. Desta forma não se fica uma “dívida” pelo que foi recebido, e eu retomo a minha autonomia e liberdade com dignidade.

Quem é responsável pela minha felicidade num relacionamento?

Ao deixar nossa felicidade na mão do outro numa relação, abrimos mão de duas coisas: a responsabilidade por nosso destino e a liberdade para seguí-lo. Como diz Joan Garriga, também damos ao outro uma tarefa que não é dele, transformando a nossa felicidade num fardo a se carregar.

A saúde do homen

Numa busca rápida encontramos dezenas ou mesmo centenas de bons artigos explicando como ser mais saudável, como comer ou dormir melhor, fazer mais exercícios para, sendo mais saudável, viver mais e – principalmente – melhor. Mesmo com tanta informação, tantos métodos e maneiras diferentes de se conseguir este objetivo, nós vemos pessoas que ainda lutam em iniciar um programa de atividades físicas, ou uma dieta mais balanceada. Porquê?

O silêncio da saúde

A comunicação de nosso corpo é bem mais enfática quando adoecemos. Os sinais de dor e desconforto são mais perceptíveis e falam mais alto a nossa consciência. No entanto, quando estamos com saúde, muitas vezes temos dificuldade de descrever esta sensação de bem-estar